Ver o tempo passar
Uma das coisas mais agradáveis de se fazer em Paris é flanar, tomar um café e observar a vida que passa sem pressa. Com o clima agradável da primavera, isso fica ainda melhor. Mas você sabia que aqui também é possível ver — literalmente — o tempo passar? Sim, graças ao pêndulo de Foucault. Já ouviu falar dele? E, se conhece, sabe como ele funciona?
Imaginado por Léon Foucault no século XIX, esse instrumento é uma demonstração visual do movimento da Terra — e, por consequência, do tempo que passa. Seu funcionamento é de uma simplicidade hipnótica: um fio suspenso que balança num vai-e-vem contínuo graças a uma esfera presa em sua extremidade. Como o pêndulo nunca muda de direção, é o plano sobre o qual ele oscila (ou seja, o chão) que se move suavemente, revelando, segundo após segundo, a rotação do planeta. Invisível no cotidiano, o tempo torna-se perceptível aos nossos olhos por meio do movimento. Um balé cósmico e silencioso ditado pelas leis da física.
Em Paris, existem duas versões em exibição. O pêndulo histórico, monumental, com seus 26 metros de altura, está instalado no coração do Panthéon — ali mesmo onde Foucault realizou sua primeira demonstração pública no dia 26 de março de 1851. A outra, menor e mais discreta, fica no Musée des Arts et Métiers, um museu dedicado à ciência. Em um ou no outro, ver o tempo se desenrolar inexoravelmente diante dos nossos olhos é uma dessas experiências emocionantes que se pode viver por aqui.
Panthéon
Place du Panthéon, 75005 Paris
www.paris-pantheon.fr
Ingressos
Musée des Arts et Métiers
60 Rue Réaumur, 75003 Paris
www.arts-et-metiers.net