Olá, Arty Lovers. Sentiram a nossa falta? Nós sentimos a sua! Atrasamos a última edição por motivos de… exposições!
“Mas como assim? Não tem mais nada acontecendo em Paris ultimamente, só se fala em Fashion Week.”
De fato, os modistas invadiram a cidade e estamos em um período de transição: as grandes exposições do outono fecharam as portas e as instituições estão preparando as da primavera. E justamente, você sabia que a team Paris Arty faz parte dessas mãozinhas que trabalham duro quando nada parece acontecer para deixar tudo pronto no dia D? Sim, nós fazemos algumas das belas publicações que você encontra nas livrarias dos museus. E podemos garantir: a agenda artística vai ferver a partir de meados de março. Aproveitando a calmaria, para esta décima edição nós selecionamos os nossos três museus de artista favoritos em Paris!
No programa de hoje
O templo de Auguste Rodin
Gustave Moreau em toda a intimidade
A casa secreta de Honoré de Balzac
Um escândalo de retrato
Em caso de passeio, mantenha-se à direita
✨ Os reclames do plim-plim ✨
Lembra que prometemos surpresas em 2024? A primeira delas está quase saindo do forno! É o guia Traindo a Monalisa: seis (outras) pepitas do museu do Louvre.
Para quem? Para quem vai visitar o maior museu do mundo e se pergunta o que ele tem além da Gioconda. Mas também para quem ama história da arte e quer saber mais sobre as obras desse acervo monumental.
Para recebê-lo com exclusividade no lançamento, é simples. Basta compartilhar Paris Arty com três (ou mais) amigos, através deste botão:
🏛️ O templo de Auguste Rodin
Em 1908, Auguste Rodin se instala no Hôtel Biron, um edifício de estilo Rococó ameaçado de ruína. Pouco depois, ele decide legar sua obra ao Estado, e o local se transforma em museu já em 1919, dois anos após a morte do artista. Nas belíssimas salas internas, um balé de corpos feitos em gesso, bronze e mármore, em diferentes formatos, revela os segredos desse criador extraordinário. A icônica escultura O Beijo reina em frente à janela que se abre para o jardim e parece ganhar vida quando os raios de sol invadem o espaço. Aluna e eterna amante de Rodin, Camille Claudel também tem uma sala inteiramente dedicada às suas criações que misturam força, delicadeza e emoção. Já nos jardins à la française, floridos o ano inteiro, é possível perambular por uma sucessão de obras-primas: As Portas do Inferno, Os Burgueses de Calais, O Pensador…
Tal um templo dedicado ao grande mestre da escultura, o local é impregnado de memória, de arte e de natureza. Um conselho? Consulte a previsão do tempo e tente programar a sua visita para um dia de sol. Além disso, quanto mais cedo você puder ir, melhor. Sua fama ganhou o mundo e ele é hoje um dos museus mais frequentados de Paris. Mas de qualquer maneira, é uma visita para não perder.
Musée Rodin
77 rue de Varenne, 75007 Paris
15€
www.musee-rodin.fr
🎨 Gustave Moreau em toda a intimidade
Eis um de nossos segredos mais bem-guardados! Ah, o Museu Gustave Moreau… Uma verdadeira pepita escondida a algumas quadras da Gare Saint-Lazare. Por que ele é um de nossos museus de artista preferidos? Primeiro, porque ele é relativamente pouco frequentado, o que já o faz ganhar vários pontos no quesito conforto. Além disso, trata-se da antiga residência-ateliê de Gustave Moreau, onde ele viveu desde a juventude.
Ali dá para ver como vivia o pintor em seu salão, seu quarto, sua cozinha, seu escritório e seu atelier, concebido especialmente para suas obras em grandes dimensões. As telas são exibidas umas sobre as outras, bem ao gosto do século 19, em uma museografia que pouco ainda se vê. O ambiente é denso e imersivo, assim como suas obras. Dentro de cômodas de madeira, em toda a intimidade, é possível abrir gavetas que abrigam desenhos, rascunhos, notas, cadernos… ou então virar as páginas das vitrines verticais com obras sobre papel. Uma proximidade com as obras e uma interação com o mobiliário raramente possível em outros lugares.
Enfim, esse museu abriga uma das mais belas escadas de Paris! Refinada, majestosa e em espiral, ela atravessa todos os andares do prédio, que se visita tal qual uma exploração no passado.
Se você não conhece Gustave Moreau, saiba que ele é um dos principais expoentes do simbolismo francês, esse movimento que tentava escapar do pensamento realista e racionalista através de um imaginário fantástico e onírico. Os seus quadros se caracterizam pelo ecletismo, pelo excesso de ornamentos e pelos motivos antigos e exóticos. É possível passar longos minutos admirando os mínimos detalhes de suas telas e desenhos.
Quer fazer um passeio genuíno, deixar-se absorver pela Paris do simbolismo e sair tomado por uma sensação de encantamento? Faça como André Breton, Salvador Dali e Maurice Béjart, que também o tinham como um de seus museus favoritos!
Musée Gustave Moreau
14 rue de la Rochefoucauld, 75009 Paris
8€
www.musee-moreau.fr
🏡 A casa secreta de Honoré de Balzac
“Balzac? O que ele está fazendo nesta lista? Ele é um escritor!”
Você tem razão, e não temos nenhuma outra resposta para esse argumento a não ser que é uma visita fora do comum.
Para escapar de seus credores, o autor de Ilusões perdidas aluga, em 1840, essa casa situada na região de Passy. Ele passará ali os seus sete últimos anos de vida. Convertida em um museu, ela é uma verdadeira imersão na obra e no tempo de Balzac. Com uma vista panorâmica da Torre Eiffel, é possível descobrir o escritório e a escrivaninha de onde ele assinou suas últimas obras-primas, assim como uma galeria com os personagens de A Comédia humana. Além dos livros nas vitrines, uma seleção de esculturas e obras de arte demonstra a influência de Honoré de Balzac sobre seus contemporâneos. Nos jardins, pode-se sentar para tomar um café e desfrutar de um momento bucólico e fora do tempo. A cereja do bolo? O museu é gratuito! Apenas as exposições temporárias são pagas (atualmente, uma excelente seleção de gravuras parisienses de Honoré Daumier).
Maison de Balzac
47, rue Raynouard 75016 Paris
gratuito
www.maisondebalzac.paris.fr
😱 Um escândalo de retrato
Para não dizer que Balzac não tem nada o que fazer nesta edição, olha só essa. Em uma rua de Paris, encontra-se a mais polêmica escultura de Auguste Rodin: o Monumento a Balzac!
Logo após a morte do escritor, a Société des Gens des Lettres, encabeçada por Émile Zola, decide encomendar uma estátua em homenagem a ele. O primeiro nome indicado é Henri Chapu, mas ele morre antes de completar a obra. Com o apoio de Zola, Rodin é o novo artista designado para a missão, e se obstina com ela durante anos. Quando, em 1898, ele finalmente revela o seu trabalho… Escândalo! A SDGL se recusa a pagar pela escultura. A crítica o acusa de ter feito um personagem deformado, com a cabeça encolhida entre os ombros, vestido de roupão. Já outros admiram a audácia e a força do gesto do escultor, que teria captado a essência da personalidade de Balzac. A polêmica é tanta que fará desse monumento um pioneiro da escultura moderna, onde a liberdade do artista prevalece sobre a realidade. Quatro cópias em bronze acabaram sendo realizadas, estando uma delas no museu Rodin, uma no Japão, uma na Bélgica e outra em Paris, no boulevard Raspail.
Olhe ele aqui e diga-nos:
Auguste Rodin, Monument à Balzac
136 boulevard Raspail, 75006 Paris
Boas maneiras em Paris — seu guia definitivo
Em caso de passeio, mantenha-se à direita 👉
Quando você chegar em Paris (ou em qualquer outra capital da Europa), logo vai perceber que as escadas rolantes daqui são mais largas. “Ótimo, mais espaço para as malas!” “Que legal, assim podemos conversar lado a lado!”
Não exatamente! As escadas rolantes são mais largas porque existem dois tipos de pessoas: as calmas e as apressadas. As pessoas calmas subirão em um degrau e ali ficarão até chegarem ao andar desejado. Já quem está correndo para o trabalho, para voltar para casa ou para entrar no metrô vai querer subir (ou descer) os degraus da escada em movimento para alcançar ainda mais rápido o seu destino.
Em uma escada rolante estreita, a situação logo fica bloqueada: um calmo impede um apressado de passar. Já nas escadas rolantes largas, cada um pode fazer como quiser. Sim! Basta respeitar esta regra simples: quem está com pressa passa pelo lado esquerdo, e quem está com calma fica do lado direito. Fácil, não é? É como na estrada.
Claro, às vezes algumas pessoas desavisadas ficam paradas do lado esquerdo, ou ali colocam suas malas. Caso você precise avançar para não perder o seu trem, é só utilizar as fórmulas que você já conhece: “Pardon” para abrir o espaço, e “merci” quando a pessoa se afastar.
Voilà!
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